sábado, 18 de junho de 2011

Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e: O PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...

Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e: O PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...: "O PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA PRÁTICA EDUCACIONAL Analina Vieira Sipaúba Orientador: Msc. Alisson Vieira Costa R..."

ORAÇÃO DOMINICAL ou ORAÇÃO DO PAI NOSSO

   Lição 01

ORAÇÃO DOMINICAL
ou ORAÇÃO DO PAI NOSSO

“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal;
Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”. Mateus 6:9 13.

Oração dominical significa Oração do Senhor.
Jesus nos deixou o padrão perfeito para uma oração.
A oração do Pai Nosso, define a natureza de Deus e apresenta o modo como o homem deve apresentar-se diante d’Ele.
Por ser uma oração modelo, contém os elementos básicos de uma oração:
Louvor e adoração a Deus;
Petições pessoais;
Interesses do Reino;
Confissão;
Pedido de perdão;
Súplica de proteção;
Encerramento com louvor.
Nesta oração, Jesus oferece a fórmula para o desenvolvimento espiritual do crente.
Quanto mais a Igreja fizer uso de orações fundamentadas na Oração do Pai Nosso, tanto melhor compreenderá a importância da comunhão com Deus Pai e, como resultado, alcançará a unidade entre os irmãos. Todos numa só fé, num só espírito.
Essa oração contém todas as necessidades básicas do homem, ficando bem claro, que essas necessidades são tanto espirituais quanto materiais. Aliás, fica estabelecida uma proporção equilibrada e correta entre ambas.
Fica também claro, que tais proporções devem ser mantidas pelo crente, durante sua vida na terra.
Os interesses pessoais não devem ser maiores que os objetivos do Reino; nem a preocupação com o céu suplantar ou reprimir as necessidades físicas.
O excesso, em qualquer nível, resulta em distorção na vida cristã prática.
A preocupação com céu deve ser tão real, quanto são as necessidades materiais do crente.
A Oração do Pai Nosso, por ser modelo, não deve ser repetida mecanicamente, mas deve ser gravada no coração e na mente, para que o crente possa lembrar-se de sua condição de filho de Deus e como tal, de sua responsabilidade na busca de comunhão com o Pai. Os princípios (verdades) contidos na oração que Jesus ensinou, devem estar sempre presentes nas orações do servo de Deus.
Princípios são para serem obedecidos, porque funcionam como leis que se forem transgredidas causam danos.
As emoções e as palavras devem estar sob o domínio do Espírito e nunca sob os impulsos da alma ou da vontade.
A Oração do Pai Nosso nos mostra que um dos objetivos que deve estar implícito em cada oração é o estabelecimento da vontade de Deus na terra.
A Oração do Pai Nosso pode ser dividida em 3 partes:
I - INVOCAÇÃO:
“Pai nosso que estás nos céus”.
II - PETIÇÃO: Contém 7 pedidos.
Três referentes a Deus:
Santificado seja o Teu nome;
Venha o Teu Reino;
Seja feita a Tua vontade assim na terra como nos céus.
Quatro referentes ao homem:
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Não nos deixes cair em tentação;
Livra-nos do mal.
III - DOXOLOGIA: Dividida em 3 partes:
Teu é o Reino;
Teu é o poder;
Tua é a glória.
                                             I - INVOCAÇÃO

“Pai nosso que estás nos céus”. V. 9.
É a parte inicial da oração onde é designado o nome de Deus, a quem se destina a oração.
A invocação é a declaração que o crente faz de que a sua oração é dirigida ao único Deus, Senhor e Criador dos céus e da terra.

“PAI”
Durante o período do Antigo Testamento, Deus era reconhecido como o Pai de um povo.

Malaquias 1:6 e 2:10; Jeremias 31:9 e Salmos 89:26.
“Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão nos não conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó Senhor, és nosso Pai nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome”. Isaías 63:16.
“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó”. Salmos 103:13-14.

A história de Israel, desde suas origens pagãs, nos mostra que a nação surgiu, foi formada e conduzida pelas mãos de um Deus que agiu como um Pai que cuida do seu filho.
Entretanto, essa condição de filho, foi perdida porque os judeus rejeitaram o plano de Deus, quanto à pessoa de Jesus.
Com o fim da Lei e o advento da Graça, tornar-se um filho de Deus, passou a ser uma questão de escolha pessoal.

João 1:14; João 3:16; Romanos 8:29; Gálatas 4:5-7 e Apocalipse 1:5.
“Assim que já não és mais servo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo”. Gálatas 4:7. “Todos os que são guiados pelo o Espírito de Deus, esses são filhos d Deus”. Romanos 8:14. “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser”. I João 3:2a.

Quem considera Deus como Pai está convicto da filiação, porque pode manter comunhão com Ele. O conhecimento pessoal de Deus se dá através de Jesus que disse:
“Quem me vê a mim vê ao Pai”. João 14:9b.
Deus, o Pai, deseja que seus filhos o busquem com intimidade e que confiem n’Ele, sem nenhuma reserva.

“NOSSO”
Cada pessoa tem um pai terreno, e o trata de “meu pai, papai, paizinho”, porque ele é o seu pai e não o pai de um estranho.
Aprouve a Deus, que fossem chamados filhos seus todos os que n’Ele crêem. A paternidade de Deus não é privativa de alguém, mas refere-se a todos os remidos pelo Sangue de Jesus.
Deus é o Criador de todos os homens e Pai de todos os que se entregam a Ele.
Quando a pessoa se refere a Deus como Pai Nosso é porque se considera participante da família que Deus reuniu em torno de Jesus. Essa é a consciência de todo filho de Deus: de que é um integrante da família de Deus, o Corpo de Cristo, a Igreja.
“... recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Romanos 8:15b e 16.
É como um participante dessa família que o crente ora.
A Bíblia diz:
“Um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém chameis vosso Pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus”. Mateus 23: 8b e 9.
A paternidade de Deus é válida para a eternidade. A família terrena é limitada e falível. De um pai humano alguém pode guardar mágoas, muitos vivem sem ter pai, outros com pai adotivo.
Deus se propôs a, nos tornar seus filhos em vez de somente suas criaturas. De nossa parte, precisamos assumir essa filiação, considerando Deus como nosso Pai.
Só então, sentiremos a presença de Deus em nós e estaremos seguros em relação ao rumo da nossa vida, pelo cuidado e proteção que provém de um verdadeiro Pai.
NOSSO - PAI NOSSO - pressupõe a idéia de igualdade porque todos, os que crêem, são filhos de Deus.
Logo após a ressurreição, no encontro com Maria Madalena,
Jesus deu-lhe a incumbência de anunciar, aos demais, a sua ressurreição dizendo-lhe:
“... vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai,  meu Deus e vosso Deus”. João 20:17.
Reforçando mais uma vez, a idéia de unidade entre irmãos de uma só família. Ele, Jesus, poderia dizer meu Pai e Meu Deus, por ser o Unigênito, o Filho de Deus.
Nós somos filhos “por adoção”. Romanos 8:15 e Gálatas 4:4-5.

“QUE ESTÁS NO CÉU”
É importante estarmos convictos da distância entre o céu e a terra, entre a realidade concreta e a realidade invisível, onde está o trono de Deus.
Quando oramos, declaramos nossa certeza de que Deus está acima de todas as coisas e, que nós devemos nos aproximar d’Ele com “temor e tremor”, isto é, com toda a reverência e submissão. A criatura em total dependência do seu Criador.

TODA ORAÇÃO DEVE SER FEITA EM NOME DE JESUS:
Mesmo que não tenha ficado explícito na oração dominical, este princípio está presente em toda a Bíblia.
Ao aceitarmos Jesus, como Mediador entre Deus e os homens, consideramos que, ainda que não esteja claro na Oração do Pai Nosso, o nome de Jesus encontra-se implícito aí, porque só podemos ter contato com Deus por meio d’Ele.
Ao iniciar seu Ministério, Jesus apresentava as obras de Deus. Somente ao poucos, seria revelada a Sua natureza divina, e então, Ele diria, mais tarde:
“Tudo o que pedirdes em Meu Nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. João 14:13-14 e João 16:23-24.


Lição 02
II - PETIÇÃO
Encontramos na Oração do Pai Nosso, três pedidos referentes a Deus. Mateus 6:9-10.
Santificado seja o Teu Nome;
Venha o Teu Reino;
Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.

“SANTIFICADO SEJA O TEU NOME”
É Deus quem santifica seu próprio nome.
É impossível ao homem fazê-lo.
O homem natural, isto é, o homem afastado de Deus, sem ter seu espírito aberto, não pode distinguir entre o santo e o profano.
Somente depois do novo nascimento com a consciência purificada com o sangue de Jesus, estaremos capacitados a julgar entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, e a conhecer a justiça e a misericórdia de Deus. Hebreus 9:14.
Deus é santo. A santidade faz parte da natureza de Deus, e, Ele deseja que seu nome seja santificado entre os homens e, esse propósito só pode ser alcançado através da Igreja. Cabe, então, aos crentes desejar a mesma coisa que Deus deseja, agindo de modo a propiciar a manifestação da santidade de Deus.
Os nomes de Deus contêm todos os seus atributos e, manifestam tudo o que Deus é.
Os servos de Deus deveriam transmitir ao mundo a santidade, a glória e a justiça de Deus.
Muitos cristãos conhecem a doutrina bíblica, mas não aplicam a filosofia cristã em suas vidas.
Este é um cristianismo teórico, intelectual, não atinge o espírito humano, não há Novo Nascimento.
O Evangelho é para ser praticado e não apenas ser conhecido teoricamente. Se não buscarmos as libertações, curas e respostas para nossas dúvidas, se não compreendermos a soberania e o governo de Deus sobre a terra, sobre a Igreja e sobre nossa vida, por cegueira espiritual, incredulidade e falta de temor, ficaremos impossibilitados de ser testemunhas de Deus no mundo. Ezequiel 36:22-23, Isaías 44:8.
“... porque vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus  além de mim? Não, não há outra Rocha  que eu conheça”. Isaías 44:8b.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, b que há de vir sobre vós e ser-me-eis  testemunhas...”. Atos 1:8a.
Exemplo: O nome de Deus não deve ser utilizado por hábito ou por brincadeira.
Não é certo falar a toda hora: “Ai meu Deus”, “Misericórdia”, ou “Glória a Deus” como exclamação de espanto, “Vai com Deus”, mecanicamente, sem estar sentindo a verdade das palavras que profere. Também é comum ameaçar crianças em nome de Deus: “Deus vai te castigar”.
Tudo isso é uso do nome de Deus em vão. É quebra do primeiro mandamento, porque faz parte da Lei de Deus a ordem:
“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. Êxodo 20:7.
Santificar o nome de Deus é a expressão do temor e do desejo de proclamar ao mundo que Deus é Santo e que no Nome de Jesus há poder.

“VENHA O TEU REINO”
A Igreja não é a totalidade do Reino de Deus, porém, é parte integrante dele e é a única representante comissionada a estabelecer o Seu Reino na terra. Essa honra dada à Igreja é muitas vezes desprezada por desconhecimento, ignorância e distorção da Palavra de Deus. A esperança da Igreja é o estabelecimento do Reino com a Volta de Jesus.
Cada vez que oramos, testemunhamos, pregamos o Reino de Deus. A palavra “Maranata” significa “Ora, vem Senhor Jesus”.
O Reino chegou até nós com a primeira vinda de Cristo.
Todas as profecias sobre o nascimento de Jesus, no Antigo Testamento, tiveram seu cumprimento com João Batista que anunciava a chegada do Reino.
Jesus também dizia:
“É chegado a vós o Reino de Deus” e “O Reino de Deus está entre vós”.  Mateus 3:2; 4:17; Lucas 10:9; 11:20 e 17:21.
Jesus, ao incluir na Oração do Pai Nosso, essa petição sobre o Reino, está nos advertindo que, ao orarmos, devemos sempre expressar o nosso desejo de ver o Reino de Deus instalado definitivamente.
Venha o Teu Reino é premissa básica, não pode faltar na oração.
A cada passo dado pela Igreja, o Reino de Deus vai sendo estabelecido.
A expansão do Reino de Deus, é uma das responsabilidades da Igreja que, para tal está capacitada com a armadura de Deus. Efésios 6:10-18.
Só existem dois reinos: o reino deste mundo e o Reino de Deus. O primeiro é terreno o segundo é espiritual.
“Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”. I João 5:19. “A inclinação da carne é morte; mas,
a inclinação do espírito é vida e paz”. Romanos 8:6-8. “A carne cobiça contra o Espírito e o Espírito contra a carne e estes, opõem-se um ao outro”. Gálatas 5:17.
“SEJA FEITA A TUA VONTADE,
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU”

Orar de acordo com a vontade de Deus é um princípio e uma condição básica de uma oração aceitável.
A vontade natural do homem é oposta à vontade de Deus.
Para que Deus possa realizar a sua vontade na terra, precisa da participação efetiva da Igreja, porque ela é o canal que Deus escolheu para manifestar a sua sabedoria.
O servo de Deus precisa entender que a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita”. Depois desejar a Sua vontade mais do que sua própria; só então conhecerá a vontade de Deus para, finalmente, executá-la.
Esse é um processo que se desenvolverá primeiro na vida de cada um, para depois expandir-se na vida da Igreja como um todo.
À medida que a Igreja vai entendendo a vontade de Deus, poderá, pela oração de autoridade, interferir nos problemas da nação. Este não é um assunto simples, é de grande complexidade, pois envolvem preferências políticas, desejos pessoais, amizades etc., que precisam estar sintonizadas com o pensamento de Deus e o Seu Reino.
E, para que a vontade de Deus se realize, as preferências pessoais (vontade, emoções e mente natural) precisam ser abdicadas em favor do pensamento de Deus.
O assunto sobre o conhecimento da vontade de Deus é tratado com mais detalhes na revista sobre Oração, no tema Oração de Autoridade, lições 9, 10, 11, 12 e 13?
Quando o crente estiver em condições de despojar-se dos seus próprios pensamentos em favor da vontade de Deus, em submissão, então poderá orar:
“Seja feita a Tua vontade, assim na terra  como no céu”. Mateus 6:10.
                                                                                                         

Lição 03
II- PETIÇÃO
(Continuação)

Quatro pedidos referentes aos discípulos de Jesus.
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Não nos deixes cair em tentação;
Livra-nos do mal.
“O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE”
Essa petição trata do provimento de uma necessidade física diária do homem. Com esse ensinamento, o crente pode aprender a confiar no Senhor, a cada momento e a desejar o necessário, para sua manutenção. Mateus 6:31-34.
No deserto, o maná descia junto com o orvalho, diariamente, para alimentar o povo, Números 11:9, até que o povo entrou em Canaã e passou a comer do fruto da terra. Josué 5:12.
A provisão era diária. O povo era recomendado a recolher a porção de apenas um dia, o suficiente para toda a família.
Aquele que recolhesse em excesso seria obrigado a jogar fora no dia seguinte. Aos sábados, a porção era dobrada e não se estragava.
Milagre de Deus no deserto.
Deus quer operar o mesmo, nos dias de hoje, e está esperando que a Igreja confie, na Sua provisão, para operar as maravilhas do seu cuidado e amor por nós.
“Cada um colhia conforme  que podia comer”. Êxodo 16:21.
Os milagres da multiplicação dos pães mostram Jesus preocupado em suprir as necessidades básicas do homem: tanto espirituais quanto físicas.
A Palavra de Deus ensina que cada um deve contentar-se com o que possui sem ambição de coisas altas.
Somente o necessário à vida. Mateus 6:25-34; Marcos 4:18-19; Hebreus 13:5-6 e Provérbios 30:7-10.
Pedir o pão de cada dia lembra-nos, também, a necessidade diária de alimentar nossa alma com o pão do céu.
Os bens materiais não podem preencher o vazio da alma, porque o alimento da alma é imperecível e espiritual. Mateus 6:19-21.
Jesus se denominou o Pão da vida:
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu, se alguém comer desse pão viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. João 6:50-57.
PRÁTICA:
Se alguém se encontra em situação financeira difícil, problemas de desemprego, dívidas etc. Examine causas possíveis: Gastos supérfluos? Falta do dízimo? Dependência de medicamentos?
Orar despojando-se do apego aos bens materiais. I Timóteo 6:10.
Orar, diariamente, enquanto permanecer o problema, despojando Satanás das finanças da família e os demônios encarregados de roubar.
Quebrar maldições hereditárias de pobreza; expulsar os espíritos familiares de enfermidades.
Abençoar o dinheiro das compras.
Não se esquecer do dízimo porque é uma das condições para receber bênçãos financeiras. Malaquias 3:10.
Desligar as bênçãos do Senhor sobre as finanças da casa.


Lição 04
II- PETIÇÃO
(Continuação)
“PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO
NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES”

Essa petição contém uma condição essencial a um bom relacionamento do homem com Deus: o perdão.
Para estar bem com Deus, o crente precisa estar bem com o seu semelhante.
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece o seu irmão, é mentiroso. Pois, quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus a quem não viu? ... quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. I João 4:20-21.
Todos os homens são devedores para com Deus, porque todos descendem de um só homem - Adão, que desobedeceu, tornando-se independente de Deus. Toda a humanidade recebeu a herança resultante deste ato.
“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Romanos 3:23. “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo,  e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso todos pecaram”. Romanos 5:12.
O homem desafiou a Deus, quando o rejeitou, transgredindo o seu mandamento.
A desobediência e a rebeldia são as dívidas que o homem tem com Deus.
Ninguém tem condições de pagar o preço devido, por si mesmo e nenhum homem pode resgatar outro homem porque todos estão na mesma condição diante de Deus.
Foi por esse motivo que Deus fez-se homem na pessoa de Jesus Cristo pagando, Ele mesmo com seu sangue, tão grande dívida.
Esse perdão de Deus é que capacita o crente a perdoar. É um assunto espiritual. Está realizado. Não há argumentos contrários.
Perdão é um ato de fé. É uma questão de atitude, não de sentimentos ou emoções. Perdoar é um ato consciente, uma decisão tomada a “sangue frio”, não apenas para a pessoa se ver livre de um peso ou por pressão, mas para ser liberto do ódio, dos sentimentos de vingança e livre para amar o outro, ficando bem com Deus.
O perdão é um ato de difícil prática porque pressupõe humilhação. A pessoa que pede perdão ao outro, está se colocando em posição inferior. A Bíblia diz:
“Humilhai-vos perante o Senhor e Ele vos exaltará”. Tiago 4:10
“o que a si mesmo se humilhar será exaltado”. Mateus 23:12.
“Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte”. I Pedro 5:6.
A falta do perdão ocasiona graves conseqüências para os dois lados, porque as bênçãos de Deus, sobre ambos, estarão retidas até que haja uma atitude de perdão.
Sem perdão, as conseqüências se agravam, à medida que o tempo passa. Ansiedade, medo, fraqueza na fé, estacionamento espiritual, enfermidade física.
A Bíblia é tão forte em relação ao perdão, que propõe que, a pessoa ofendida, deve procurar quem lhe ofendeu e declarar-lhe que está magoada, para que possa haver os acertos mútuos.
Muitas vezes a pessoa não teve intenção de magoar e é importante que ela saiba que pode ferir alguém com seu modo de relacionar-se com o outro, com brincadeiras de mau gosto, palavras de críticas diante dos outros, ou acusações por algo não praticado, suspeita, preconceito e tantas outras coisas.
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só;  se te ouvir, ganhaste a teu irmão”. Mateus 18:15.
Sempre que houver entre as pessoas inimizade, ofensas, mágoas, tristeza, deve haver um lugar para o perdão, quantas vezes forem necessárias.
“Então Pedro, aproximando-se dele (Jesus), lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse:
Não te digo que até sete vezes, mas, até setenta vezes sete”. Mateus 18:21-22.
A capacidade de perdoar é adquirida com a prática até que a pessoa alcance o ponto em que uma ofensa não lhe causará reações negativas. Um coração perdoador, alcança o poder de perdoar antecipadamente.
Qual o sentido das palavras de Jesus a Pedro?
“Setenta vezes sete”?
O perdão precisa fazer parte da natureza do homem, de tal forma que não haja mais limites, nem condições, nem circunstâncias que impeçam o fluir do amor de Deus. Perdoar é uma atitude a ser adquirida e mantida durante toda a vida.
Perdoar sempre é uma recomendação de Jesus a todos os homens que buscam a paz e desejam viver bem com todos.
Para os que escolheram aceitá-lo como Salvador, é uma questão de obediência aos seus mandamentos.

PRÁTICA:
Cada um se examine para ver se há alguém a perdoar.
No relacionamento familiar, sempre há questões não resolvidas entre o casal, entre pais e filhos, entre os irmãos.
Fazer os acertos para receber a bênção.
Se alguém é acusado, com remorsos, por algo feito a uma pessoa que já morreu, orar retirando as mágoas, as raízes de amargura, não aceitando conviver com o remorso, anulando suas conseqüências.


Lição 05
II- PETIÇÃO
(Continuação)
“NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO”
A verdadeira compreensão, a respeito da tentação, pode ser encontrada na carta de Tiago, que diz:
“Ninguém sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não  pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado,  quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência”.
“Havendo a concupiscência concebido (período de gestação) dá à luz o pecado e o pecado gera a morte”. Tiago 1:13-15.
Este texto apresenta-nos um processo completo desde o início até a efetivação de uma tentação.
Há um provérbio que diz: “Você não pode evitar que um pássaro pouse em sua cabeça, mas pode evitar que ele faça ninho”.
Cair, em tentação, é chegar à prática das sugestões mentais.
A pessoa não pode evitar o surgimento de pensamentos contrários à Deus e à sua palavra, mas todo o homem é capaz de disciplinar sua mente, a ponto de poder reverter e mudar o curso dos seus pensamentos. Esta é uma atitude a ser tomada por todo aquele que crê em Cristo e em sua Palavra.
Há dois aspectos, na questão da tentação e sua origem:

PRIMEIRO:
Satanás, inimigo e opositor permanente, tenta levar o homem a transgredir a Lei de Deus. Esses ataques têm como alvo, as emoções, a mente e a vontade do homem, atraindo-o a praticar atos contrários à Palavra de Deus.
“Digo, porém: andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”. Gálatas 5:16-17. “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”. I João 5:19.
Exemplo: O caso de Davi e Betsabá. O rei foi primeiramente, atraído pelo olhar, depois desejou (emoções) então planejou (mente) e, finalmente executou a sua vontade. II Samuel 11 e 12:1-24.
Não devemos esquecer o final da história: a dificuldade do rei em reconhecer seu erro, a aceitação da repreensão feita pelo profeta e seu arrependimento. Salmos 51.
A Bíblia refere-se muitas vezes e em detalhes ao problema da tentação e do pecado. A importância que a Palavra de Deus dá a esse assunto, deve- se ao fato seguinte:
O servo de Deus, já está livre da raiz de sua natureza pecaminosa e está capacitado a não pecar.
Isto significa que, o crente tem condições de conduzir sua vida:
Dizendo não, a tudo o que o afasta de Deus;
Evitando práticas que prejudiquem outros e a si mesmo;
Assumindo a responsabilidade de todos os seus atos;
Aprendendo a depender unicamente de Deus.
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós” Porque a lei do espírito de vida em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” Romanos 6:14 e 8:2.

SEGUNDO:
As provas acontecem, para o fortalecimento da fé. Tiago 1:2-3.
No caso das provas e tentações a que a todos os crentes são submetidos, há sempre a necessidade de se tomar uma decisão: submissão ou a quebra da Lei de Deus.
Ainda que muitas vezes as duas palavras sejam usadas como sendo semelhantes, existe uma diferença entre uma prova e uma tentação.
Uma provação independe da vontade; a tentação, só será levada a efeito com a escolha da pessoa. O crente pode tomar a decisão de não pecar, porque está equipado para tal.
O fortalecimento da nossa fé nos aperfeiçoará para sermos semelhantes a Ele.
“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. Mateus 5:48. “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. I Coríntios 12:31.
O trabalho do Espírito Santo em nós, tem a finalidade de nos levar, cada vez mais, para perto do Pai. Quando resistimos, a essa operação interior, Ele sofre.
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas;  porque não sabemos o que havemos de pedir como convém,  mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Romanos 8:26.
Deus sabe o limite de cada um e permite somente o que podemos suportar.
Quando entendemos os acontecimentos em nossa vida como meios que Deus usa para alcançarmos a perfeição encontramos a saída no “fim do túnel”, olhando para a luz que brilha adiante. Caminhamos seguros.
A luz é Jesus.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape para que a possais suportar”. I Coríntios 10:13.
A cada vitória alcançada, sobre as provas e tentações, estaremos mais fortalecidos na fé e compreendendo um pouco mais sobre os mistérios e segredos de Deus, sobre Sua grandeza e majestade, sobre Sua soberania no governo do mundo e no destino da humanidade. Podemos cantar:
Foi só pela graça de Jesus que eu venci e cheguei aqui”.
Também se torna mais visível nossa fragilidade, limitação e impossibilidade de vivermos sem uma direção.
Então podemos dizer como João Batista e como Paulo ou como os mártires:
“É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. João 3:30.
“Quando estou fraco então sou forte”. II Coríntios 12:10b.
“Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram...”. Hebreus 11:33-34.
Há um caminho longo a ser percorrido entre o conhecimento das doutrinas básicas do cristianismo e a vida abundante, a que todos os que crêem, têm livre acesso.
É o propósito do Pai, que todos os seus filhos estejam em condições de receber as suas promessas, livramentos, curas e libertações dos males do mundo.
O cristão está sujeito aos problemas e questões existenciais, comuns a todo o ser humano.
Entretanto, nós podemos ver tais problemas como experiências que vão sendo acumuladas, para o nosso aperfeiçoamento, fortalecimento da fé e conhecimento mais profundo de Deus como um Pai, que disciplina o filho para o seu próprio bem.
“A tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência,  a experiência a esperança e a esperança não traz confusão,  porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” Romanos 5:3-5. Jesus previne Pedro sobre a tentação que sofreria e lhe disse:
“eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E, tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”. Lucas 18:31-34.
Essa provação, na vida de Pedro serviu para a sua real conversão, conhecimento de Deus e amadurecimento como pessoa.
Comparar os arroubos de Pedro, quando na condição de discípulo, ver alguns fatos nos Evangelhos como:
Jesus repreende Satanás. Mateus 16:21-23;
Na transfiguração. Mateus 17:1-5;
Quando Jesus lhe diz que ele vai negá-lo. Mateus 26:33-35
Mais tarde, pode-se ver pelo livro de Atos, um Pedro diferente, transformado no Apóstolo Pedro, o homem cuja “sombra curava”. Suas reações, antes impulsivas, foram transformadas em atitudes espirituais.
Um Pedro não mais movido a emoções, mas um homem que aprendeu com as advertências recebidas. Um homem que não foi rebelde, mas submeteu-se ao Senhor.
Jesus, ainda hoje, investe naqueles que se submetem a Ele.

PRÁTICA:
Quem estiver passando por provações ou sofrendo tentações; deve examinar qual tem sido o seu pensamento:
Reconhece que sua fé está sendo provada e está aguardando o livramento de Deus?
Está desanimado? Acomodado? Revoltado?
Está triste? Sente-se abandonado até por Deus?
Pensa que a culpa é do outro?
Parece que você está sofrendo injustiça? Que todo o mal só acontece a você?
Você pensa que o ímpio blasfema e não recebe as conseqüências? Afinal, Deus é Justo?
Conduzir os que se identificam com a negação das provas, a fazerem declarações de confiança em Deus e a se despojarem dos pensamentos negativos.
Exemplo de declarações que devem ser feitas:
Deus é fiel e sua Justiça é eterna;
O nome de Jesus é: “Senhor, Justiça nossa”.
Deus tem tudo sob seu controle;
Deus não permite nada além das minhas forças;
Tudo contribui para o bem dos que amam a Deus;
Os impossíveis ao homem são possíveis a Deus;
Mais forte é o que está comigo do que o espírito que está no mundo;
Sou um vencedor por Cristo Jesus;
Quando estou fraco, então sou forte;
O sacrifício da Cruz, é a garantia da minha vitória;
A ressurreição de Cristo é a certeza de que o meu sofrimento é por um pouco de tempo;



Lição 06
II- PETIÇÃO
(Continuação)
“LIVRA-NOS DO MAL”
O mal, personificado, está sempre em luta contra o povo de Deus, porque Satanás, o adversário de Deus, odeia tudo o que Deus ama e tenta subverter a criação e a natureza.
Quando uma pessoa se converte, é transferida do domínio do Mal para o Reino de Deus.
Satanás é destituído do domínio que tinha sobre aquela vida.
Esse é o verdadeiro motivo das lutas espirituais. São tentativas que o inimigo faz, para trazer as vidas de volta ao seu controle.
Lucifer confunde, engana e manipula as mentes daqueles que escolheram cooperar com ele, consciente ou ignorantemente, participando da expansão do reino deste mundo.
Jesus nos ensinou a pedir o livramento do Mal e, pessoalmente, orou nesse sentido:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”. João 17:15.
O mal, não é apenas um sentimento, é real e personificado.
O crescimento do mal, que vemos hoje na terra, é o resultado da materialização dos pensamentos de Satanás.
Qualquer um, hoje em dia, está sujeito a ser surpreendido por uma bala perdida, por assaltos em casa, num ônibus, na rua, etc.
Atualmente, as pessoas em pânico, aprendem a defender-se fisicamente, andam armadas, ou com seguranças.
Todos estamos assustados, prevenidos, perplexos.
O cristão, precisa andar debaixo da proteção do Senhor e pedir, diariamente: “livra-me do mal” porque esta luta
“não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efésios 6:12.
O servo do Senhor sabe que, na Cruz, Satanás foi despojado de seus poderes e exposto publicamente. Colossenses 2:15.
Portanto, somente aquele que está em Cristo, é verdadeiramente, livre do mal. A vitória final já está garantida por Jesus. II Pedro 2:9.
O Mal foi cortado pela raiz. Com a morte de Cristo, na Cruz, Satanás foi julgado e condenado. Mateus 25:41; Colossenses 2:15; Hebreus 2:14.
“... para que pela morte aniquilasse o império da morte, isto é, o diabo”. João 2:14b. “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso
o príncipe deste mundo”. João 12:31. “E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”. João 16:11.
Há males, que podem ser evitados. É o que resulta de imprudência, descuido, curiosidade excessiva, dormir pouco, comer fora de horário, expor-se demais ao sol, correr em alta velocidade, envolver-se em discussões alheias, trabalhar ou pegar pesos além das forças, tentar ultrapassar limites sem nenhuma segurança e sem finalidade.
“Livra-nos do mal” é um pedido para ser feito diariamente, porque precisamos sempre da proteção de Deus.
Agindo conforme a direção do Espírito, disciplinando suas emoções, a pessoa poderá alcançar reações espirituais. I Pedro 5:8-9.
Tais reações só serão alcançadas após a libertação dos medos, da timidez, do temor humano e outros problemas.
Cada um precisa ter sempre em mente que, apesar de estar exposto a tentações e ciladas do inimigo, pode contar com o livramento e a proteção que vem de Deus, sem a qual ficamos indefesos. Pânico é uma doença que resulta do medo não tratado.
A guerra, contra Satanás e seu demônios, é espiritual.
Só estaremos preparados para essa batalha, se nos revestirmos da armadura do cristão: verdade, justiça, paz, fé, capacete, espada e oração. Efésios 6:10-18.

PRÁTICA:
Verificar se há alguém tem qualquer tipo de medo: de assaltos, do escuro, de ficar doente, da morte, da velhice, do futuro, das tempestades, dos trovões, dos terremotos, de animais...
Despojar-se desses medos e fazer declarações de fé e confiança na defesa e proteção do Senhor.
Pode haver necessidade de orações de autoridade.
“No amor não há temor; antes, o perfeito amor, lança fora o medo. Porque, o temor tem consigo a pena; e o que teme não é perfeito em amor”. I João 4:18.
Cada crente deve saber que o Espírito Santo põe limites à ação de Satanás. Ele só pode agir contra o crente com a permissão do Senhor. II Tessalonicenses 2:7 e Jó 1:6-12.
E, se Deus permitir, Ele mesmo providenciará o modo de livrar o seu filho do Mal.


Lição07
III - DOXOLOGIA
“Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. Mateus 6:13b.
A doxologia é um poema de louvor a Deus, que pode iniciar ou finalizar uma oração, ser um cântico isolado ou uma declaração espontânea de louvor.
O encerramento da Oração Dominical com uma doxologia, mostra-nos a importância do louvor como aceitação da soberania de Deus.
Louvor significa o reconhecimento e a gratidão, não apenas pelo que Deus faz, mas principalmente, pelo que Deus É.
Com o louvor, a Igreja declara a soberania de Deus e coloca-se em posição de submissão a Ele, manifestando sua certeza, fé e confiança de que Deus realizará tudo o que prometeu.
A Palavra de Deus estimula o homem a louvar, porque Deus “habita no meio dos louvores” e a Igreja é recompensada, com a bênção da Sua presença.
Quando o homem adora a Deus, é elevado de sua condição humana, a “lugares celestiais”, porque, a adoração, é a comunhão do espírito humano com o Espírito de Deus.
Aprouve a Deus, refletir a Sua imagem e despertar o espírito do homem, restaurando a comunicação perdida.
É esse o motivo pelo qual somente os que provaram o Novo Nascimento, podem louvar a Deus com entendimento.
Jesus disse à mulher samaritana:
“Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade
Porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os verdadeiros adoradores o adorem em espírito e em verdade”. João 4:23-24.
E, em outro lugar, a Bíblia diz:
“Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu Nome”. Hebreus 13:15.
“O louvor é a evidência do invisível”.
“O louvor é a matéria prima, nas mãos de Deus, com a qual são confeccionadas as vitórias do crente”.
O texto de Hebreus e mais outros, como Salmos 107:22 e 116:17, mostram que o louvor, é recebido, por Deus, como uma oferta voluntária do homem à Ele.
A Lei continha mandamentos em relação aos rituais que eram oferecidos à Deus, diariamente, pelo Sacerdote.
Os sacrifícios tinham duas finalidades: eliminar a culpa e reaproximar o pecador de Deus. Ao mesmo tempo em que o sacrifico era uma exigência de Deus, era também, um sinal de obediência a Deus, por parte do homem.
Desde que Jesus veio ao mundo, cumprindo as exigências da Lei, não houve mais necessidade dos sacrifícios obrigatórios, porque, tanto o assunto da culpa, como do acesso a Deus, foram resolvidos, de uma vez por todas. Jesus foi, ao mesmo tempo:
O Sacrifício: “O Cordeiro que tira o pecado do mundo”;
O Sacerdote: “O que nos apresenta, sem culpa, a Deus”.
Por que, então, o louvor é considerado como um sacrifício?
O louvor mostra a nossa liberdade, a espontaneidade e o prazer que temos ao louvá-lo. É uma oferta, não mais obrigatória, como na Lei, mas, voluntária.
O louvor contém uma reciprocidade: enquanto o crente louva, recebe de Deus o refrigério da alma, em libertações, curas, renovação de suas energias e alimento espiritual para a sua fé.
Não é ofertar para receber em troca, isso se aplica tanto ao louvor como aos dízimos e ofertas, e à doação do nosso serviço.
Se a pessoa pensa que louvar é apenas dizer palavras decoradas, para receber de Deus alguma coisa, engana-se, porque o Senhor não faz permuta. Ele conhece as intenções do nosso coração.
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer...”. Gálatas 6:7a.
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. Salmos 51:17.
“Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos”. Oséias 6:6.
O louvor é indispensável à vida do crente.
O Senhor Jesus, finaliza a oração modelo, com este hino de louvor, ensinando ao crente, que o louvor perfeito é a declaração de reconhecimento da soberania e magnificência de Deus.

IMPEDIMENTOS AO LOUVOR:
Falta de convicção sobre a soberania e o governo de Deus;
Suspeitar da Justiça e da Verdade;
Insatisfação com a Igreja e sua liderança;
Falta de perdão;
Dúvidas não resolvidas;
Má vontade ou indisposição para louvar.
Quem se sentir enquadrado em algum desses itens deve orar despojando-se das suas questões e recebendo a libertação para louvar e receber de Deus a verdade sobre sua vida.

RAZÕES PARA LOUVAR:
Alguém se lembra de louvar a Deus ao tomar um copo d’água, ao comer uma fruta, ao ver uma flor ou ouvindo passarinhos cantar, as ondas do mar quebrando na praia, pelo nascimento ou ocaso do sol, por noites de lua, céu estrelado?
Alguém se lembra de louvar a Deus pelo seu próprio corpo? Por sua visão, audição, paladar, olfato, tato? Pela saúde do seu aparelho digestivo, circulatório, respiratório e urinário? Pelo nascimento de um filho, pelo choro e riso de uma criança?

PRÁTICA:
Após a lição, fazer orações curtas de louvor, sem nenhum pedido, declarando, com alegria, alguma coisa nova que cada um conseguiu descobrir hoje em sua vida.
Exercitar-se em casa neste tipo de oração:
até que o louvor, de modo natural, faça parte integrante da nossa vida;
até que a nossa linguagem seja apenas de louvor e nossas queixas e lamentações fiquem no esquecimento.
“Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com inteligência”. Salmos 47:7

Lição 08
III - DOXOLOGIA
(Continuação)
“TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA”.
Este é o hino de louvor, que encerra a Oração Dominical; pode ser dividido em três partes:
• Teu é o Reino;
• Teu é o poder;
• Tua é a glória.
O REINO
Os reinos da terra são limitados, guerreiam entre si por fronteiras, limites aéreos, áreas de ação.
Os mais fortes dominam os mais fracos. É parte da história do mundo, as conquistas das grandes potências:
Dario e Ciro-Pérsia; Hitler-Alemanha; Lenin-Rússia.
Israel conquistando seus domínios com guerras e mortes; sendo dominado durante séculos por muitos países:
Rússia e EEUU - hoje são as super potências invadindo países, impondo suas leis. África do Sul, Afganistão, Iraque...
“O Teu Reino é um Reino eterno; o Teu domínio estende-se a todas as gerações”. Salmos 145:13.
“Ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém”. I Timóteo 1:17.
O reino de Deus é eterno e sua expansão, na terra, fica na dependência do trabalho da Igreja, que é a representante de Deus. Salmos 145:12-13; Efésios 3:8-10.
Em contra partida, o reino deste mundo está nas mãos de Satanás, que mantém sucursais em toda a terra com a administração dos seus asseclas, os demônios.
Atualmente muitas pessoas, que rejeitaram o plano de Deus para suas vidas, associaram-se a Satanás, que se engrandecerá até a instalação do seu reinado na terra, com o anticristo.
Aparentemente estamos assistindo a vitória do Mal sobre o Bem.
Por um pouco de tempo o Senhor dos senhores, o Deus dos deuses, permitirá esse acontecimento na terra até que a sua ira seja derramada e o juízo, que é a execução do Seu julgamento, destrua tudo o que se opõe contra seus desígnios e a sua soberania.
O Reino de Deus, restaurará todas as coisas como eram no princípio da criação. O reino de Deus é eterno. O seu domínio estende-se de geração em geração.
“Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teu santos te bendirão.
Falarão da glória do teu reino e relatarão o teu poder, para que façam saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória do teu reino”. Salmos 145:10-12.
A Igreja fiel, e todo aquele que perseverar até o tempo em que se cumprirão todas as palavras destas profecias bíblicas, reinarão com Cristo, porque Jesus voltará! Jesus Reinará!
O PODER
“Uma coisa disse Deus duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus”. Salmos 62:11.
A Onipotência é um dos atributos de Deus; faz parte da Sua natureza, assim como a Justiça a Verdade e a Misericórdia.
O poder de Deus não está limitado aos Seus atos poderosos.
As obras, de Deus, manifestam a Sua Glória. Ler o Salmo 150.
Poder de criação;
Poder de vida;
Poder de morte;
Poder de ressurreição;
Poder de julgar os vivos e os mortos.
O homem precisa reconhecer a Onipotência e a Soberania de Deus para seu próprio bem, e para que haja temor em seu coração.
Assim, será sábio para se entregar à direção de Deus, em obediência e submissão à sua vontade.
 “O temor do Senhor é a sabedoria e apartar-se do mal é a inteligência”. Jó 28:28. “O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem”. Salmos 111:10.
Deus nomeia a Igreja como Sua representante na terra.
Quando a Igreja manifestar ao mundo qual a verdadeira fonte da sua força, então, a Glória de Deus será vista em toda a terra.

A GLÓRIA
“Estando ele ainda a falar, uma nuvem luminosa os cobriu, e da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. A ele ouvi! Os discípulos, ouvindo isto, caíram com o rosto no chão, tomados de grande medo”. Mateus 17:5-6.
“Apareceu-lhes um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e foram tomados de grande temor”. Lucas 2:9.
A Glória do Senhor encheu o Tabernáculo e, mais tarde com a construção do templo, a Sua Glória permaneceu no Santo dos Santos entre os querubins.
Diante da Glória do Senhor o homem teme e treme, fica sem palavras. É algo nunca visto e independe da vontade do homem.
Quando Jesus veio à terra, manifestou a Glória de Deus.
“O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. João 1:14. A natureza proclama a Glória de Deus.
“Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos”. Salmos 19:1.
“Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras!... ... Cheia está a terra das tuas riquezas”. Salmos 104:24.
“Os campos cobrem-se de rebanhos e os vales vestem-se de trigo”. Salmos 65:13a.
A Glória de Deus não pode ser provocada pelo homem e só se manifestará quando os feitos do homem e da Igreja estiverem sintonizados com os propósitos de Deus.
Moisés pediu para ver a Glória de Deus e o Senhor lhe disse:
“Não poderás ver a minha face porquanto nenhum homem verá a minha face e viverá”. Êxodo 33:20.
O rosto de Moisés resplandeceu quando desceu do Sinai após 40 dias e noites na presença do Senhor.
Era o reflexo da Glória de Deus. Êxodo 34:29-35.
A presença de Deus era visível na nuvem e no fogo que serviam de direção e proteção do povo no deserto por 40 anos. Êxodo 13:21; Salmos 105:39 e outras referências.
A Glória do Senhor apareceu:
Na consagração do Templo de Salomão, após a Oração feita pelo Rei. II Crônicas 7:1-3.
Na reconstrução do 2º Templo, a presença do Senhor desceu. Esdras 3:12-13; Ageu 2:1-9.
No livro de Ezequiel pode-se perceber o movimento da Glória de Deus nas seguintes etapas:
O profeta descreve a visão que teve da Glória de Deus. Cap. 1.
A Glória do Senhor aparece ao profeta no vale. Cap. 3:23.
Desde a reconstrução do Templo, a glória do Senhor permaneceu no Santo dos Santos, sobre a Arca da Aliança.
Por causa das abominações feitas no Templo, a glória de Deus levantou-se de onde estava e parou na porta de entrada, dando instruções a um anjo. Cap. 9:3-4 e 10:4.
Os querubins levam a Glória de Deus até a porta oriental do Templo. Cap. 10:18-19.
Os querubins saem com a Glória de Deus, sobre eles e pousam no monte ao oriente da cidade. Cap. 11:22-23.
O retorno da Glória do Senhor ao átrio interior do Templo é narrada em Ezequiel 43:1-5.
A manifestação da Glória de Deus, nos dias de hoje, está condicionada ao lugar em que a Igreja deve estar ao cumprir os propósitos de Deus.
Foi à Igreja que Deus delegou a responsabilidade de mostrar a o mundo, a grandeza de Sua majestade e sabedoria.
Isso só será feito através da Unidade entre os filhos de Deus.
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti.
Que eles também sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”. João 17:21-23.